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quarta-feira, 25 de julho de 2012

uhaushaushauhs

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

PELO BEM DA CIÊNCIA

Caros amigos, internautas, intelectuais, nao intelectuais, burros, inteligentes ... seja o que for .. que burrice minha direcionar um público quando uma diversidade de pessoas trafega por esta rede.... Efim rettornando ao que eu queria transmitir, como podem notar ( espero que meu blog nao seja infestado por teias enormees de aranha por falta de acesso... e algum ser leia isto) coloquei dois filmes disponiveis para download em meu blog( “Lula, o filho do Brasil” e "Sherlock Holmes"), muitos podem se perguntar o que tem a ver CIÊNCIA E FILMES DE QUINTA CATEGORIA??? , ..... AHHH é uma longa história,  pois bem , devo como estudante de fisica fazer o maior esforço possivel para que camadas com um nível de "ciência cultural" (bem panaca, mas devem ter entendido..) menos privilegiado tenham um mínimo de acesso à cultura científica...e colocando estes dois filmes, muito acessados na rede, meu blog tem um pouco de chance de ser mais divulgado ... ora, pois bem, se pelo menos alguns indivíduos tiverem  um pouquinho de curiosidade e olharem o blog todo ( ora, nao é possivel q o camarada irá observar o título do blog " blog scienc brazil" e coorrelacionar este sugestivo nome a  “Lula, o filho do Brasil” !!!!!!! seria possível esta façanha?... minha percepçao se nega a relacionar Lula com qualquer termo de conotaçao cientifica.) valerá a pena.
minha preocupaçao é de chamarem  meu blog de marqueteiro, produto fantasma, mascarado, e sei lá mais o que... de qualquer forma nem assisti os dois filmes ( entao se quizerem me chamar de mentiroso, tudo bem ... ja leram até aqui mesmo ... agora ja foi , falo mentiroso por que chamei os filmes de quinta categoria sem  nemao menos vê-los .... cafagestagem minha? ... na verdade acho que nao ... meu "FAREJO" percebe que esta é a classificaçao para estes filmes ...só nao me chamem de cachorro ...)

saudaçoes ...

BAIXAR AQUI : Sherlock Holmes dublado... : afinal cientistas também gostam de filmes de ação e mistério...


Sinopse: Em uma nova e dinâmica representação dos personagens mais famosos de Arthur Conan Doyle, ´Sherlock Holmes´ enviará Holmes e o leal parceiro Watson em sua mais nova aventura. Revelando habilidades de luta tão letais quanto seu lendário intelecto, Holmes irá combater como nunca para derrotar um novo inimigo e desmascarar um plano mortal que pode destruir o país.




O thriller de ação e mistério ´Sherlock Holmes´ é liderado pelo aclamado diretor Guy Ritchie. Robert Downey Jr. traz o lendário detetive à vida, e Jude Law estrela como Watson, um médico e veterano de guerra que se torna o fiel colega e formidável aliado de Sherlock Holmes. Rachel McAdams estrela como Irene Adler, a única mulher que conseguiu superar Holmes e que mantém um tempestuoso relacionamento com o detetive. Mark Strong é o misterioso novo adversário, Blackwood. Kelly Reilly interpreta Mary, o interesse romântico de Watson.



Título Original: Sherlock Holmes

Título Traduzido: Sherlock Holmes

Gênero: Ação / Aventura / Drama / Thriller

Duração: 128 Minutos

Ano de Lançamento: 2009

Direção: Guy Ritchie

Tamanho: 500 Mb

Resolução: 720×384


nota : apesar de  achar filmes dublados horriveis ... vai aí um dublado msm ..

BAIXAR AQUI : LULA O FILHO DO BRASIL... : afinal cientistas também gostam de filmes polêmicos e eleitoreiros....


Sinopse: 1945, sertão de Pernambuco. Menos de um mês depois de seu marido, Aristides, partir para tentar a vida em São Paulo, com uma moça bem mais nova, Dona Lindú dá a luz ao seu sexto filho, Luiz Inácio da Silva, que logo ganha o apelido de “Lula”. “Lula, o filho do Brasil” é a saga de uma familia Silva igual à odisséia de tantas outras familias Silva deste Brasil. Um filme sobre uma mãe e um filho, um menino, um sobrevivente, um homem que tomou as rédeass da sua vida.




Diretor: Daniel Tendler, Fábio Barreto

Elenco: Rui Ricardo Dias, Gloria Pires, Cléo Pires, Marat Descartes, Milhem Cortaz.

Produção: Paula Barreto, Rômulo Marinho

Ano: 2009

País: Brasil

Tamanho: 1000 Mb

Resolução: 640 x 432

Frame Rate: 23

Formato: CAMRip





domingo, 24 de janeiro de 2010

Relatividade não Muito Relativa


Relatividade não Muito Relativa


Uso abusivo de terminologia científica confunde, em vez de esclarecer conceitos do cotidiano

por José Roberto Castilho Piqueira

É comum, em nosso cotidiano, que conceitos de teorias científicas passem ao vocabulário usual com sentido distorcido e aplicado de maneira muitas vezes incorreta, com apoio pressuposto do argumento de autoridade, legitimando ideias enganosas e não verificáveis.

Um dos casos mais evidentes é o da teoria do “Darwinismo Social” que, ao se apropriar de ideias científicas, procura legitimar preconceitos e mecanismos de dominação entre grupos étnicos e sociais. Felizmente essa interpretação caiu em merecido descrédito, de modo que sua relevância atual é nula, apesar de, no passado recente, ter servido como justificativa para inúmeros conflitos.

Entretanto, parece que Darwin, apesar das grandes contribuições da teoria da evolução aos avanços da biologia e da medicina, hoje incomoda tanto quanto Galileu à sua época. Alguns pretendem dar ao “criacionismo” status de ciência, colocando-o como teoria alternativa ao “darwinismo”. Nada mais pobre, do ponto de vista espiritual e intelectual que confundir ciência e fé.

A fé é de foro íntimo, portanto, de cada um. As diversas religiões devem ser respeitadas, cada uma com seus dogmas. A ciência não deve ser vista como alternativa à religião, mas como outra forma de conhecimento.

A ciência está em constante mutação e assim pode questionar e se aprimorar sempre. A ciência busca o entendimento da Natureza e não há nesse ato qualquer atitude de crença ou descrença em relação a dogmas religiosos.

Darwin, em muitos casos, é vítima do obscurantismo, e suas ideias tendem a ser negadas por um público carente de formação científica. Esse mesmo obscurantismo vitimou, de maneira diferente, outro importante cientista: Albert Einstein.

Coube a Einstein o papel de representar a inteligência superior e a infalibilidade, qualidades induzidas no inconsciente coletivo possivelmente pela dificuldade de transformar suas descobertas em linguagem compreensível a um público mais amplo.

Lido por poucos, virou lenda e por isso a ele são atribuídas ideias um tanto estapafúrdias, com frases repetidas à exaustão em livros de autoajuda. Quer uma prova disso? Diga a sério uma besteira atribuindo-a a Einstein e descubra que quase todos vão acreditar, porque poucos verificam a procedência disso.

A mais engraçada é a que envolve a noção de relatividade: “Tudo é relativo”, argumentam os incautos, e um interminável rolo de enganos subscreve-se à glória de Einstein.

Galileu, que passou maus bocados nas mãos dos obscurantistas, entre seus vários trabalhos enunciou o “Princípio da Relatividade”, que diz: “As leis físicas são as mesmas para qualquer referencial inercial.”. Ou seja, o chamado princípio da relatividade fala de invariância de leis, mesmo que os referenciais produzam medições diferentes para certas grandezas físicas.

O que Einstein procurava, quando enunciou sua “Teoria da Relatividade Especial”, na primeira década do século 20, era salvar o princípio de Galileu, quando aplicado às leis do eletromagnetismo brilhantemente sintetizadas por Maxwell, no século anterior. Parecia, inicialmente, que as leis do eletromagnetismo não eram descritas da mesma maneira, quando se mudava de referencial.

Ao unificar os resultados de Michelson e Morley sobre o fato de a luz não necessitar suporte material para se propagar com as equações de Lorentz, Einstein formulou a "Teoria da Relatividade Especial" e mostrou que as leis do eletromagnetismo são as mesmas para todos os referenciais inerciais.

A partir do final dos anos 1910, Einstein concentrou esforços na Teoria da Relatividade Geral, dedicando-se à investigação de como as leis físicas deveriam ser escritas ao considerar que os fenômenos ocorrem em referenciais acelerados, em relação a inerciais. Desse trabalho resultaram importantes formulações a respeito dos fenômenos gravitacionais e da equivalência entre massa e energia.
Einstein, ao longo de sua carreira, errou em certas coisas, da mecânica quântica, sobretudo, apesar de ser um dos seus criadores e o responsável pelo estabelecimento das bases teóricas do efeito fotoelétrico, também na primeira década do século 20.
Talvez tenha cometido um engano adicional ao chamar seu trabalho de “Teoria da Relatividade”, nome cunhado por Poincaré, e não “Teoria da Invariabilidade”, como pensou fazer. O nome chamaria menos a atenção, mas evitaria enganos e más interpretações, decorrentes do uso rápido e barato de ideias mal compreendidas.
Arrisco, até, a dizer que, por conta disso, há uma espécie de “einsteinismo social”, perambulando pelas livrarias. Pensem como Einstein, raciocinem como o criador da teoria da relatividade, dizem aqueles que nunca estudaram eletromagnetismo ou álgebra de tensores e não têm ideia do grau de concentração e dedicação que esse estudo requer.

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Assista este vídeo!! A Ciência que eu Faço - Ronald Cintra Shellard





Graduação em Física pela Universidade de São Paulo (1970), mestrado em Física pelo Instituto de Física Teórica (1973) e doutorado em Física pela Universidade da Califórnia, Los Angeles (1978). Atualmente é pesquisador titular do Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas. Faz parte da colaboracão que opera o Observatório Pierre Auger. É sócio da SBF, SBPC, APS, IOP e AAAS. Tem experiência na área de Física Experimental de Altas Energias e Física das Partículas. Seu interesse no presente está concentrado no estudo das caracteristicas de raios cósmicos com energias muito altas.

Currículo Lattes: http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.jsp?id=K4788967D4

Grupo de Cosmologia Observacional do INPE : Resultados obtidos ligados a Radiaçao Cósmica de Fundo em Microondas

A seguir, é apresentada uma síntese dos resultados obtidos pelo Grupo de Cosmologia Observacional do INPE ao longo de sua história, ligados à Radiação Cósmica de Fundo em Microondas (RCFM), partindo dos resultados mais recentes.

Utilizando-se de ferramentas estatísticas para a análise de mapas das anisotropias da RCFM, principalmente aqueles provenientes do satélite WMAP, foram obtidas diversas evidências de anomalias em grandes escalas angulares na distribuição angular da RCFM. Os resultados deste trabalho foram publicados em 2006 (Bernui et al. 2006; Abramo et al. 2006). Na figura abaixo, encontra-se um exemplo da manifestação destas anomalias: diversas curvas oriundas da aplicação do método dos histogramas de separação angular de pares (PASH, da sigla em Inglês) no mapa obtido pelo WMAP (curvas coloridas) se mostram claramente distintas do esperado pelo modelo cosmológico padrão (curva com envoltório alaranjado).




BEAST (Background Emission Anisotropy Scanning Telescope) - Em 2005, foram publicados cinco artigos referentes aos mapas de anisotropia e espectro de potência da RCFM, contaminação do sinal por "foregrounds", descrição do sistema óptico e descrição do instrumento. Nas figuras abaixo, são mostrados o espectro de potência e o mapa da banda Q obtido pelo BEAST comparado com o mapa da banda Q obtido pelo WMAP.









O HACME (HEMTs on ACME) - Antecessor do BEAST, fez um dos primeiros mapas da RCFM em escalas angulares entre 20' e 1 grau, que foi publicado em 2000. A diferença essencial entre o HACME e o BEAST está no número de cornetas (oito no BEAST, uma no HACME). O sistema óptico e o conceito da utilização de um espelho plano para cobrir uma maior área do céu são essencialmente os mesmos.




Os experimentos dos quais o grupo participou na era COBE (1991-1996) formaram a série ACME (South Pole e MAX). ACME é o acrônimo de Advanced Cosmic Microwave Experiment. Os experimentos enviados ao Pólo Sul (ACME-SP) utilizavam radiômetros baseados em diodos HEMT (entre 26 e 46 GHz). Já a série ACME-MAX (Microwave Anisotropy eXperiment) era lançada em plataformas estabilizadas a bordo de balão estratosféricos e seus detectores eram bolômetros que operavam entre 150 e 450 GHz. A série ACME-SP fez duas missões e a ACME-MAX, cinco.





Os resultados acima foram as primeiras estimativas que o grupo de cosmologia fez do espectro de potência da RCFM (Gundersen et al. 1995), a partir de medidas no Pólo Sul, no verão de 1993-1994. Deve-se ressaltar que o ACME já operava nas mesmas bandas que o BEAST (Ka e Q).




As medidas acima (Devlin et al. 1994) mostram as diferenças de temperatura em frequências submilimétricas, na região de Gama Ursae Minoris, feito pelo ACME-MAX (versão 4). As unidades em cm-1 são uma forma alternativa de representação de frequências: 3,5 cm-1 corresponde a 105 GHz, 6 cm-1 a 180 GHz, 9 cm-1 a 270 GHz e 14 cm-1 a 420 GHz.







O resultado de Schuster et al (1993) ainda era expresso em termos da probabilidade de se encontrar uma detecção, a partir da função de correlação de dois pontos. A figura à direita mostra as diferenças de temperatura em quatro canais entre 25 e 35 GHz. As medidas foram feitas na primeira missão do ACME no Pólo Sul, em 1991.

Os experimentos pré-COBE foram essencialmente dedicados a medir o dipolo e quadrupolo da RCFM, com experimentos lançados a bordo de balão em 1983 nos EUA e no Brasil. Os resultados obtidos com esses experimentos foram, na época, a melhor determinação do dipolo até então (1985-1986), tendo sido corroborados pelos resultados do COBE, seis anos depois.




O mapa acima (Lubin e Villela 1985) é, em essência, o mesmo mapa observado pelo COBE anos depois. A região escura no canto inferior esquerdo corresponde a uma região não observada durante os vôos de balão nos dois hemisférios.

Terremoto que devastou o Haiti




Não bastasse  ser um país devastado e pobre , um terremoto desta magnitude assola o haiti.




No Haiti não há pedinte porque são todos miseráveis. Ali a população vive muito abaixo do nível da pobreza.

O que poderá salvar este país de tamanha pobreza? o nosso fultebol ? haha , se o fultebol resolvesse este problema , o Brasil seria o país mais rico do planeta. Não adianta tentar esconder a pobreza do Haiti por  trás de jogos de astros do fultebol que ganham milhares e milhares de dólares.... e o pior !! passar a imagem de que aquele país esta tendo uma melhora significativa dos índices de IDH.
O que mais me intriga é o fato de até agora ( após 6 anos que as tropas brasileiras estão por lá ), nao se vê resultado positivo sendo publicado, aliás ... só se ouve falar em desastres por lá !!! onde está o fruto do trabalho do incompetente exército brasileiro por lá?!! é óbvio que se por aqui não se pensa em diminuir a desigualdade social e muito menos (até vou repetir o MUITO MENOS!!) se pensa  na melhoria da educação e em programas de longo prazo para que tenhamos um bom sistema educacional .... entao imagine por lá ... como os brasileiros conduzem esta missao? ... olhe para nossa casa .....
Agora o governo tem a faca e o queijo .. vejamos bem e nos atentemos para a mídia durante o decorrer deste ano ..veremos eleições este ano... é evidente que este desastre ( um terremoto de 7 graus )  será alvo da situação ( Dilma ' o fantoche ' ) em investidas da candidata na mídia nacional dizendo " fizemos um belo trabalho no Haiti  ajudando aquele país após um  desastre catastrófico e ajudando a manter o ' ordem '  e levando alegria com nosso fultebol "
Fica cada vez mais claro que há apenas interesse em jogo .... 

na próxima postagem   " formaçao de estrelas "

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Buraco Negro : uma explicaçâo para leigos



Buraco Negro é uma região do espaço onde o campo gravitacional é tão forte que nada sai dessa região, nem a luz; daí vermos negro naquela região. Matéria (massa) é que "produz" campo gravitacional a sua volta. Um campo gravitacional forte o suficiente para impedir que a luz escape pode ser produzido, teoricamente, por grandes quantidades de matéria ou matéria em altíssimas densidades.

Velocidade de Escape
Se atirarmos uma pedra para cima ela "sobe" e depois "desce", certo?
Errado!
Se atirarmos um corpo qualquer para cima com uma velocidade "muito" grande, esse corpo "sobe" e se livra do campo gravitacional da Terra, não mais "retornando" ao nosso planeta.
A velocidade mínima para isso acontecer é chamada de velocidade de escape. A velocidade de escape na superfície da Terra é 40.320 Km/h. Na superfície da Lua, onde a gravidade é mais fraca, é 8.568 Km/h, e na superfície gasosa do gigantesco Júpiter é 214.200 Km/h.
A velocidade da luz é aproximadamente 1.080.000.000 Km/h. Um buraco negro é um corpo que produz um campo gravitacional forte o suficiente para ter velocidade de escape superior à velocidade da luz.
A massa do Sol (0,2 X 10³¹Kg) é 333 mil vezes a massa da Terra e seu diâmetro (1,4 milhões de quilômetros) é mais de 100 vezes o diâmetro da Terra. Ele se transformaria em um buraco negro caso se contraísse a um diâmetro menor que 6 Km.



segunda-feira, 11 de janeiro de 2010


Buracos Negros Super Massivos

Em 1994, astrônomos que trabalhavam com o Telescópio Espacial Hubble, não apenas obtiveram fortes indícios da presença de um buraco negro no centro de uma galáxia espiral, como também mediram a sua massa. Através de um efeito bem conhecido da física (Efeito Doppler) foi possível medir a velocidade de gás e poeira girando em torno do centro da galáxia M87.
Pelo desvio das linhas espectrais da radiação emitida por esse material, chegou-se à conclusão que ele gira em torno do núcleo de M87 com uma velocidade muito grande. Para manter esse material com uma velocidade tão grande é preciso uma massa central também muito grande. Uma quantidade tão grande de massa no volume interno à órbita do material que o circula só pode ser um buraco negro. A massa deste buraco negro foi estimada em 3 bilhões de massas solares.




Posteriormente foram obtidos indícios de outros buracos negros no centro de outras galáxias. A tabela abaixo nos apresenta 17 galáxias que atualmente suspeitamos possuírem buracos negros supermassivos em seus centros. Também é apresentada a massa estimada desses buracos negros.


Nome da Galáxia - Massa do Buraco Negro (Sol=1)
IE1740.9-2942 - 100 centenas
SgrA* -2 milhões
Messier 32 - 3 milhões
Centaurus A < - 14 milhões
Messier 31 - 30 milhões
Messier 106 - 40 milhões
NGC 3379 - 50 milhões
NGC 3377 - 100 milhões
Messier 84  - 300 milhões
NGC 4486B - 500 milhões
NGC 4594 - 1 bilhão
NGC 4261 - 1 bilhão
NGC 3115 - 2 bilhões
Messier 87 - 3 bilhões
Cygnus-A - 5 bilhões
NGC 4151 -  Não Conhecido
Messier 51  - Não Conhecido

PROJETO MANHATTAN : documentário

  1.  http://www.youtube.com/watch?v=gcaKiRWpQCM      PARTE 1
  2.  http://www.youtube.com/watch?v=EBaZxg7gBek          PARTE 2
  3.  http://www.youtube.com/watch?v=QN3cKtRGaaI         PARTE 3
  4.  http://www.youtube.com/watch?v=8KCyHGeGajE        PARTE 4
  5.  http://www.youtube.com/watch?v=at4Vk2mdJpo           PARTE 5

SOBRE A LIBERDADE : Por Alberte Einstein



SOBRE A LIBERDADE
Por Albert Einstein

Sei que é inútil tentar discutir os juízos de valores fundamentais. Se
alguém aprova como meta, por exemplo, a eliminação da espécie
humana
da face da Terra, não se pode refutar esse ponto de vista em bases
racionais. Se houver porém concordância quanto a certas metas e
valores, é possível discutir racionalmente os meios pelos quais esses
objetivos podem ser atingidos. Indiquemos, portanto, duas metas com
que certamente estarão de acordo quase todos os que lêem estas linhas.
1. Os bens instrumentais que servem para preservar a vida e a saúde de
todos os seres humanos devem ser produzidos mediante o menor
esforço
possível de todos.
2. A satisfação de necessidades físicas é por certo a precondição
indispensável de uma existência satisfatória, mas em si mesma não é
suficiente. Para se realizar, os homens precisam ter também a
possibilidade de desenvolver suas capacidades intelectuais artísticas
sem limites restritivos, segundo suas características e aptidões
pessoais.
A primeira dessas duas metas exige a promoção de todo conhecimento
referente às leis da natureza e dos processos sociais, isto é, a
promoção de todo esforço científico. Pois o empreendimento
científico
é um todo natural, cujas partes se sustentam mutuamente de uma
maneira
que certamente ninguém pode prever.
Entretanto, o progresso da ciência pressupõe a possibilidade de
comunicação irrestrita de rodos os resultados e julgamentos -
liberdade de expressão e ensino em todos os campos do esforço
intelectual. Por liberdade, entendo condições sociais, tais que, a
expressão de opiniões e afirmações sobre questões gerais e
particulares do conhecimento não envolvam perigos ou graves
desvantagens para seu autor. Essa liberdade de comunicação é
indispensável para o desenvolvimento e a ampliação do conhecimento
científico, aspecto de grande importância prática. Em primeiro lugar,
ela deve ser assegurada por lei. Mas as leis por si mesmas não podem
assegurar a liberdade de expressão; para que todo homem possa expor
suas idéias sem ser punido, deve haver um espírito de tolerância em
toda a população. Tal ideal de liberdade externa jamais poderá ser
plenamente atingido, mas deve ser incansavelmente perseguido para
que
o pensamento científico e o pensamento filosófico, e criativo em
geral, possam avançar tanto quanto possível.
Para que a segunda meta, isto é, a possibilidade de desenvolvimento
espiritual de todos os indivíduos, possa ser assegurada, é necessário
um segundo tipo de liberdade externa. O homem não deve ser obrigado
a
trabalhar para suprir as necessidades da vida numa intensidade tal que
não lhe restem tempo nem forças para as atividades pessoais. Sem este
segundo tipo de liberdade externa, a liberdade de expressão é inútil
para ele. Avanços na tecnologia tornariam possível esse tipo de
liberdade, se o problema de uma divisão justa do trabalho fosse
resolvido.
O desenvolvimento da ciência e das atividades criativas do espírito em
geral exige ainda outro tipo de liberdade, que pode ser caracterizado
como liberdade interna. Trata-se daquela liberdade de espírito que
consiste na independência do pensamento em face das restrições de
preconceitos autoritários e sociais, bem como, da "rotinização" e do
hábito irrefletidos em geral. Essa liberdade interna é um raro dom da
natureza e uma valiosa meta para o indivíduo. No entanto, a
comunidade
pode fazer muito para favorecer essa conquista, pelo menos, deixando
de interferir no desenvolvimento. As escolas, por exemplo, podem
interferir no desenvolvimento da liberdade interna mediante
influências autoritárias e a imposição de cargas espirituais aos
jovens excessivas; por outro lado, as escolas podem favorecer essa
liberdade, incentivando o pensamento independente. Só quando a
liberdade externa e interna são constantes e conscienciosamente
perseguidas há possibilidade de desenvolvimento e aperfeiçoamento
espiritual e, portanto, de aprimorar a vida externa e interna do
homem.
Albert Einstein
Ciência e Religião
Parte I
Durante o século passado e em parte do que o precedeu, a
existência de um conflito insolúvel entre conhecimento e
crença foi amplamente sustentada. Prevalecia entre mentes
avançadas a opinião de que chegara a hora de substituir,
cada vez mais, a crença pelo conhecimento; toda crença que
não se fundasse ela própria em conhecimento era superstição
e, como tal, devia ser combatida. Segundo essa concepção, a
função exclusiva da educação seria abrir caminho para o
pensamento e o conhecimento, devendo a escola, como o órgão
por excelência para a educação do povo, servir
exclusivamente a esse fim.
É provável que raramente, ou mesmo nunca, possamos encontrar
o ponto de vista racionalista expresso com tanta crueza;
pois todo homem sensível veria de imediato o quanto essa
formulação é tendenciosa. Mas é conveniente formular uma
tese de maneira nua e crua quando se quer aclarar a própria
mente com relação a sua natureza.
É verdade que a experiência e o pensamento claro são a
melhor maneira de fundamentar as convicções. Quanto a isto,
podemos concordar irrestritamente com o racionalista
extremado. O ponto fraco dessa concepção, contudo, e que as
convicções necessárias e determinantes para nossa conduta e
nossos juízos não podem ser encontradas unicamente nessa
sólida via cientifica.
Pois o método cientifico não nos pode ensinar outra coisa
além do modo como os fatos se relacionam e são condicionados
uns pelos outros. A aspiração a esse conhecimento objetivo
está entre as mais elevadas de que o homem e capaz, e
certamente ninguém pode suspeitar que eu deseje subestimar
as realizações e os heróicos esforços do homem nessa esfera.
É igualmente claro, no entanto, que o conhecimento do que é,
não abre diretamente a porta para o que deve ser. Podemos
ter o mais claro e completo conhecimento do que é, sem
contudo sermos capazes de deduzir disso qual deveria ser a
meta de nossas aspirações humanas. O conhecimento objetivo
nos fornece poderosos instrumentos para atingir certos fins,
mas a meta final em si é a mesma, e o desejo de atingi-la
devem emanar de outra fonte. E é praticamente desnecessário
defender a idéia de que nossa existência e nossa atividade
só adquirem 'sentido' mediante o estabelecimento de uma meta
como essa e dos valores correspondentes. O conhecimento da
verdade como tal é maravilhoso, mas é tão pouco capaz de
servir de guia que não consegue provar sequer a justificação
e o valor da aspiração a esse mesmo conhecimento da verdade.
Aqui defrontamos, portanto, com os limites da concepção
puramente racional de nossa existência.
Mas não se deve presumir que o pensamento inteligente não
possa desempenhar nenhum papel na formação da meta e de
juízos éticos. Quando alguém se dá conta de que certo meio
seria útil para a consecução de um fim, isto faz com que o
próprio meio se torne um fim. A inteligência elucida para
nós a inter-relação entre meios e fins. O mero pensamento
não pode, contudo, nos dar uma consciência dos fins últimos
e fundamentais. Elucidar esses fins e valores fundamentais é
engastá-los firmemente na vida emocional do indivíduo;
parece-me, precisamente, a mais importante função que a
religião tem a desempenhar na vida social do homem. E se
alguém pergunta de onde provém a autoridade desses fins
fundamentais, já que eles não podem ser formulados e
justificados puramente pela razão, só há uma resposta: eles
existem numa sociedade saudável na forma de tradições
vigorosas, que agem sobre a conduta, as aspirações e os
juízos dos indivíduos; eles existem, isto é, vivem dentro
dela, sem que seja preciso encontrar justificação para sua
existência. Nascem, não através da demonstração, mas da
revelação, por meio de personalidades excepcionais. Não se
deve tentar justificá-los, mas antes, sentir, simples e
claramente, sua natureza. Os mais elevados princípios para
nossas aspirações e juízos nos são dados pela tradição
religiosa judáico-cristã. Trata-se de uma meta muito
elevada, que, com nossos parcos poderes, só podemos atingir
de maneira muito insatisfatória, mas que da um sólido
fundamento a nossas aspirações e avaliações. Se quiséssemos
tirar essa meta de sua forma religiosa e considerar apenas
seu aspecto puramente humano, talvez pudéssemos formulá-la
assim: desenvolvimento livre e responsável do indivíduo, de
modo que ele possa por suas capacidades, com liberdade e
alegria a serviço de toda a humanidade.
Não há lugar nisso para a divinização de uma nação, de uma
classe, nem muito menos de um indivíduo. Não somos todos
filhos de um só pai, como se diz na linguagem religiosa? Na
verdade, mesmo a divinização da humanidade, como totalidade
abstrata, não estaria no espírito desse ideal. E somente ao
indivíduo que é dada uma alma. E o 'sublime' destino do
indivíduo é antes servir que comandar, ou impor-se de
qualquer outra maneira.
Se considerarmos mais a substância que a forma, poderemos
ver também nestas palavras a expressão da postura
democrática fundamental. Ao verdadeiro democrata e tão
inviável idolatrar sua nação quanto ao homem religioso, no
sentido que damos ao termo.
Qual será então, em tudo isto, a função da educação e da
escola? Elas devem ajudar o jovem a crescer num espírito tal
que esses princípios fundamentais sejam para ele como o ar
que respira. O mero ensino não pode fazer isso.
Se mantemos esses princípios elevados claramente diante de
nossos olhos, e os comparamos com a vida e o espírito de
nosso tempo, revela-se flagrantemente que a própria
humanidade civilizada encontra-se, neste momento, em grave
perigo. Nos Estados totalitários, são os próprios
governantes que se empenham hoje em destruir esse espírito
de humanidade. Em lugares menos ameaçados, são o
nacionalismo e a intolerância, bem com a opressão dos
indivíduos por meios econômicos, que ameaçam sufocar essas
tão preciosas tradições.
A clareza da enormidade do perigo está se difundindo, no
entanto, entre as pessoas que pensam, e há uma grande
procura de meios que permitam enfrentar o perigo - meios no
campo da política nacional e internacional, da legislação,
da organização em geral. Esses esforços são, sem dúvida,
extremamente necessários. Contudo, os antigos sabiam algo
que parecemos ter esquecido. "Todos os meios mostram-se um
instrumento grosseiro quando não tem atrás de si um espírito
vivo". Se o desejo de alcançar a meta estiver vigorosamente
vivo dentro de nós, porém, não nos faltarão forças para
encontrar os meios de alcançar a meta e traduzi-la em atos

Sobre a liberdade Parte2 :Por Albert Einstein


Parte II
Não seria difícil chegar a um acordo quanto ao que
entendemos por ciência. Ciência é o esforço secular de
reunir, através do pensamento sistemático, os fenômenos
perceptíveis deste mundo, numa associação tão completa
quanto possível. Falando claramente, é a tentativa de
reconstrução posterior da existência pelo processo da
conceituação. Mas, quando pergunto a mim mesmo o que é a
religião, a resposta não me ocorre tão facilmente. E, mesmo
depois de encontrar uma resposta que possa me satisfazer num
momento particular, continuo convencido de que nunca
consigo, em nenhuma circunstância, criar um acordo, mesmo
que muito limitado, entre todos os que refletem seriamente
sobre essa questão.
De início, portanto, em vez de perguntar o que é religião,
eu preferiria indagar o que caracteriza as aspirações de uma
pessoa que me dá a impressão de ser religiosa: uma pessoa
religiosamente esclarecida parece-me ser aquela que, tanto
quanto lhe foi possível, libertou-se dos grilhões, de seus
desejos egoístas e está preocupada com pensamentos,
sentimentos e aspirações a que se apega em razão de seu
valor suprapessoal. Parece-me que o que importa é a força
desse conteúdo suprapessoal, e a profundidade da convicção
na superioridade de seu significado, quer se faça ou não
alguma tentativa de unir esse conteúdo com um Ser divino,
pois, de outro modo, não poderíamos considerar Buda e
Spinoza como personalidades religiosas. Assim, uma pessoa
religiosa é devota no sentido de não ter nenhuma dúvida
quanto ao valor e eminência dos objetivos e metas
suprapessoais que não exigem nem admitem fundamentação
racional. Eles existem, tão necessária e corriqueiramente
quanto ela própria. Nesse sentido, a religião é o
antiquíssimo esforço da humanidade para atingir uma clara e
completa consciência desses valores e metas e reforçar e
ampliar incessantemente seu efeito. Quando concebemos a
religião e a ciência segundo estas definições, um conflito
entre elas parece impossível. Pois a ciência pode apenas
determinar o que é, não o que deve ser, está fora de seu
domínio, todos os tipos de juízos de valor continuam sendo
necessários. A religião, por outro lado, lida somente com
avaliações do pensamento e da ação humanos: não lhe é lícito
falar de fatos e das relações entre os fatos. Segundo esta
interpretação, os famosos conflitos ocorridos entre religião
e ciência no passado devem ser todos atribuídos a uma
apreensão equivocada da situação descrita.
Um conflito surge, por exemplo, quando uma comunidade
religiosa insiste na absoluta veracidade de todos os relatos
registrados na Bíblia. Isso significa uma intervenção da
religião na esfera da ciência; é aí que se insere a luta da
Igreja contra as doutrinas de Galileu e Darwin. Por outro
lado, representantes da ciência tem constantemente tentado
chegar a juízos fundamentais com respeito a valores e fins
com base no método científico, pondo-se assim em oposição a
religião. Todos esses conflitos nasceram de erros fatais.
Ora, ainda que os âmbitos da religião e da ciência sejam em
si claramente separados um do outro, existem entre os dois
fortes relações recíprocas e dependências. Embora possa ser
ela o que determina a meta, a religião aprendeu com a
ciência, no sentido mais amplo, que meios poderão contribuir
para que se alcancem as metas que ela estabeleceu. A
ciência, porém, só pode ser criada por quem esteja
plenamente imbuído da aspiração e verdade, e ao
entendimento. A fonte desse sentimento, no entanto, brota na
esfera da religião. A esta se liga também a fé na
possibilidade de que as regulações válidas para o mundo da
existência sejam racionais, isto é, compreensíveis à razão.
Não posso conceber um autêntico cientista sem essa fé
profunda. A situação pode ser expressa por uma imagem: a
ciência sem religião e aleijada, a religião sem ciência e
cega.
Embora eu tenha afirmado acima que um conflito legítimo
entre religião e ciência não pode existir verdadeiramente,
devo fazer uma ressalva a esta afirmação, mais uma vez, num
ponto essencial, com referencia ao conteúdo efetivo das
religiões históricas. Esta ressalva tem a ver com o conceito
de Deus. Durante o período juvenil da evolução espiritual da
humanidade, a fantasia humana criou a sua própria imagem
'deuses' que, por seus atos de vontade, supostamente
determinariam ou, pelo menos, influenciariam o mundo
fenomênico. O homem procurava alterar a disposição desses
deuses a seu próprio favor, por meio da magia e da prece. A
idéia de Deus, nas religiões ensinadas atualmente, é uma
sublimação dessa antiga concepção dos deuses. Seu caráter
antropomórfico se revela, por exemplo, no fato de os homens
recorrerem ao Ser Divino em preces, a suplicarem a
realização de seus desejos.
Certamente, ninguém negará que a idéia da existência de um
Deus pessoal, onipotente, justo e todo-misericordioso é
capaz de dar ao homem consolo, ajuda e orientação; e também,
em virtude de sua simplicidade, acessível as mentes menos
desenvolvidas. Por outro lado, porem, esta idéia traz em si
aspectos vulneráveis e decisivos, que se fizeram sentir
penosamente desde o início da história. Ou seja, se esse ser
é onipotente, então tudo o que acontece, aí incluídos cada
ação, cada pensamento, cada sentimento e aspiração do homem,
é também obra Sua; nesse caso, como é possível pensar em
responsabilizar o homem por seus atos e pensamentos perante
esse Ser 'todo-poderoso'? Ao distribuir punições e
recompensas, Ele estaria, até certo ponto, julgando a Si
mesmo. Como conciliar isso com a bondade e a justiça a Ele
atribuídas?
A principal fonte dos conflitos atuais entre as esferas da
religião e da ciência reside nesse conceito de um Deus
pessoal. A ciência tem por objetivo estabelecer regras
gerais que determinem a conexão recíproca de objetos e
eventos no tempo e no espaço. A validade absolutamente geral
dessas regras, ou leis da natureza, e algo que se pretende -
mas não se prova. Trata-se sobretudo de um projeto, e a
confiança na possibilidade de sua realização, por princípio,
funda-se apenas em sucessos parciais. Seria difícil, porém,
encontrar alguém que negasse esses sucessos parciais e os
atribuísse a ilusão humana. O fato de sermos capazes, com
base nessas leis, de predizer o comportamento temporal dos
fenômenos de certos domínios, com grande precisão e certeza,
está profundamente enraizado na consciência do homem
moderno, ainda que possamos ter apreendido muito pouco do
conteúdo dessas leis. Basta considerarmos que as trajetórias
planetárias do sistema solar podem ser antecipadamente
calculadas, com grande exatidão, com base num número
limitado de leis simples. De maneira similar, embora não com
a mesma precisão, é possível calcular antecipadamente o modo
de funcionamento de um motor elétrico, de um sistema de
transmissão ou de um aparelho de rádio, mesmo quando estamos
lidando com uma invenção inédita.
É bem verdade que, quando o número de fatores em jogo num
complexo fenomenólogico é grande demais, o método científico
nos decepciona na maioria dos casos. Basta pensarmos nas
condições do tempo, cuja previsão, mesmo para alguns dias à
frente, é impossível. Ninguém duvida, contudo, de que
estamos diante de uma conexão causal cujos componentes
causais nos são essencialmente conhecidos. As ocorrências
nessa esfera estão fora do alcance da predição exata por
causa da multiplicidade de fatores em ação, e não por alguma
falta de ordem na natureza.
Penetramos muito menos profundamente nas regularidades que
prevalecem no âmbito das coisas vivas, mas o suficiente, de
todo modo, para pelo menos perceber a existência de uma
regra necessária. Basta pensarmos na ordem sistemática
presente na hereditariedade e no efeito que provocam os
venenos - como o álcool, por exemplo - no comportamento dos
seres orgânicos. O que ainda falta aqui é uma compreensão de
caráter profundamente geral das conexões, não um
conhecimento da ordem enquanto tal.
Quanto mais o homem esta imbuído da regularidade ordenada de
todos os eventos, mais firme se torna sua convicção de que
não sobra lugar, ao lado dessa regularidade ordenada, para
causas de natureza diferente. Para ele, nem o domínio da
vontade humana, nem o da vontade divina existirão como causa
independente dos eventos naturais. Não há dúvida de que a
doutrina de um Deus pessoal que interfere nos eventos
naturais jamais poderia ser refratada, no sentido
verdadeiro, pela ciência, pois essa doutrina pode sempre
procurar refúgio nos campos em que o conhecimento científico
ainda não foi capaz de se firmar. Estou convencido, porém,
de que tal comportamento por parte dos representantes da
religião seria não só indigno como desastroso. Pois uma
doutrina que não é capaz de se sustentar à "plena luz", mas
apenas na escuridão, está fadada a perder sua influência
sobre a humanidade, com incalculável prejuízo para o
progresso humano. Em sua luta pelo bem ético, os professores
de religião precisam ter a envergadura para abrir mão da
doutrina de um Deus pessoal, isto é, renunciar a fonte de
medo e esperança que, no passado, concentrou um poder tão
amplo nas mãos dos sacerdotes. Em seu ofício, terão de se
valer daqueles forças que são capazes de cultivar o Bom, o
Verdadeiro e o Belo na própria humanidade. Trata-se, sem
dúvida, de uma tarefa mais difícil, mas incomparavelmente
mais valiosa. Quando tiverem realizado esse processo de
depuração, os professores da religião certamente hão de
reconhecer com alegria que a verdadeira religião ficou
enobrecida e mais profunda graças ao conhecimento
científico.
Se um dos objetivos da religião é libertar a humanidade,
tanto quanto possível, da servidão dos anseios, desejos e
temores egocêntricos, o raciocínio científico pode ajudar a
religião em mais um sentido. Embora seja verdade que a meta
da ciência é descobrir regras que permitam associar e prever
os fatos, essa não é sua única finalidade. Ela procura
também reduzir as conexões descobertas ao menor número
possível de elementos conceituais mutuamente independentes.
E nessa busca da unificação racional do múltiplo que a
ciência logra seus maiores êxitos, embora seja precisamente
essa tentativa que a faz correr os maiores riscos de se
tornar uma presa das ilusões. Mas todo aquele que
experimentou intensamente os avanços bem-sucedidos feitos
nesse domínio é movido por uma profunda reverência pela
racionalidade que se manifesta na existência. Através da
compreensão, ele conquista uma emancipação de amplas
conseqüências dos grilhões das esperanças e desejos
pessoais, atingindo assim uma atitude mental de humildade
perante a grandeza da razão que se encarna na existência e
que, em seus recônditos mais profundos, é inacessível ao
homem. Essa atitude, contudo, parece-me ser religiosa, no
mais elevado sentido da palavra. A meu ver, portanto, a
ciência não só purifica o impulso religioso do entulho de
seu antropomorfismo, como contribui para uma
'espiritualização' religiosa de nossa compreensão da vida.
Quanto mais avança a evolução espiritual da humanidade, mais
certo me parece que o caminho para a religiosidade genuína
não passa pelo medo da vida, nem pelo medo da morte, ou pela
fé cega, mas pelo esforço em busca do conhecimento racional.
Neste sentido, acredito que o sacerdote, se quiser fazer jus
a sua 'sublime' missão educacional, deve tornar-se um
professor.
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"Ciência e Religião" (1939-1941) - Págs. 25
a 34. Einstein, Albert, 1870-1955 Título
original: "Out of my later years."
Escritos da Maturidade: artigos sobre
ciência, educação, relações sociais,
racismo, ciências sociais e religião.
Tradução de Maria Luiza X. de A. Borges -
Rio de Janeiro : Editora Nova Fronteira,
1994.


Pois bem meus nobres colegas, além de um grande físico, um filósofo e escritor de mão cheia.